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BRIGA DE IRMÃOS

Já disse inúmeras vezes que eu venho de uma cidade pequena, beira de rio, casarões coloniais e muitas figuras folclóricas.

No meu município existiam dois irmãos estrangeiros, Maiquinho Bestão e Marcílio Falastrão, ambos sempre queriam se dar bem a todo custo.

Viviam aprontando, fazendo picaretagens e enrolando a população. Apesar de serem de fora, a população lá da cidade tinha essa mania de tratar bem pessoas estrangeiras. Só depois de muito apanhar, o povo entendia que quem vinha de fora só queria o nosso dinheiro.

Pois bem, em uma determinada época, os dois irmãos, Maiquinhos Bestão e Marcílio Falastrão, decidiram que queriam sentar na cadeira do prefeito da cidade. Diziam que o então prefeito, Robervaldo Lopes, não tinha chances contra eles.

Os dois irmão passaram então a fazer o que mais sabiam: mentir para a população, tentando angariar apoio. Só uns poucos munícipes caíram na lábia. Uma Tias que nunca trabalharam, alguns acusados de crimes sexuais, alguns pacientes do CAPs, os alcoólatras e os velhacos da cidade.

Contudo, os dois irmãos não sabiam quem seria o candidato. Marcílio dizia que Maiquinho Bestão era muito besta e não ia decolar a candidatura. Precisavam escolher o melhor nome. Fizeram então uma pesquisa, e incrivelmente, Maiquinho Bestão estava um pouco menos pior do que o Marcílio Falastrão.

Maiquinho Bestão, que tinha guardado mágoas do irmão, na mesma hora, ao saber do resultado da pesquisa, passou na cara do Marcílio. E isso foi o bastante para um bate boca enorme entre os dois. Com acusações sendo jogadas na cara de ambos. Quem presenciou o bate boca disse que só faltaram arrancar as calcinhas um do outro pela cabeça.

Maiquinho Bestão ficou com tanta raiva do bate boca, que no outro dia, decidiu que não iria apresentar seu programa diário na Faraó FM, e o jeito foi dizer que ele estava com um probleminha de saúde.

Mas passada a discussão e a lavagem de roupa suja, era o momento de sentar e encarar a realidade: quem desses dois irmãos enrolados poderia encarar o atual prefeito Robervaldo Lopes. A missão era ingrata e qualquer um dos dois que ficasse à frente seria desmoralizado pelas urnas.

Por O Misterioso

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