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PF cumpre mandados contra Jair Bolsonaro; ex-presidente é alvo de medidas restritivas impostas pelo STF

Por Anderson Braga

A Polícia Federal cumpriu na manhã desta sexta-feira (18) mandados judiciais contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no âmbito de uma investigação autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A operação foi confirmada por seus advogados e inclui medidas cautelares severas, entre elas, restrições de comunicação, circulação e acesso às redes sociais.

Os mandados foram executados na residência do ex-presidente, em Brasília, e em endereços ligados ao Partido Liberal (PL), legenda à qual Bolsonaro é filiado. A ofensiva policial ocorre no contexto de um inquérito aberto pelo STF na última sexta-feira (11), dois dias após o anúncio do chamado “tarifaço” imposto pelos Estados Unidos, que elevou tensões diplomáticas e comerciais com o Brasil.

De acordo com informações da TV Globo, a investigação apura suspeitas de coação no curso do processo, obstrução de justiça e ataques à soberania nacional. A Procuradoria-Geral da República (PGR) ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso.

Entre as medidas impostas pelo STF, Bolsonaro está proibido de acessar redes sociais, de manter contato com diplomatas ou embaixadores estrangeiros — e, por consequência, de se aproximar de representações internacionais no Brasil — além de estar impedido de se comunicar com outros investigados e réus do Supremo. O ex-presidente também deverá cumprir recolhimento domiciliar noturno, permanecendo em casa entre 19h e 7h.

A defesa do ex-presidente reagiu com veemência à decisão. Em nota oficial, os advogados classificaram as medidas como “severas” e afirmaram que receberam a notícia com “surpresa e indignação”.

“A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu com surpresa e indignação a imposição de medidas cautelares severas contra ele, que até o presente momento sempre cumpriu com todas as determinações do Poder Judiciário. A defesa irá se manifestar oportunamente, após conhecer a decisão judicial”, diz o comunicado.

Até o momento, o STF não divulgou oficialmente o teor da decisão que embasou a operação desta sexta-feira. O caso tende a reacender o debate político e jurídico em torno da atuação do ex-presidente após o fim de seu mandato, além de gerar repercussões nas articulações do PL e na corrida eleitoral de 2026.

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