
Por Anderson Braga
A pré-campanha para as eleições de 2026 em Alagoas já movimenta os bastidores da política regional, e no Baixo São Francisco o cenário começa a se delinear com disputas acirradas e nomes de peso. Com base em fatores como representatividade histórica, estrutura política e articulação local, o penedense Guilherme Lopes desponta como o pré-candidato com maior potencial de votos na região.
Atualmente secretário executivo de Saúde de Alagoas, Guilherme reúne capital político relevante por ser filho do prefeito de Penedo, Ronaldo Lopes, e neto do ex-deputado estadual Hélio Lopes, figuras com forte enraizamento na política do Baixo São Francisco. Sua pré-candidatura representa, para muitos eleitores locais, a chance de retomar a representatividade da região na Assembleia Legislativa de Alagoas, algo que há anos não se concretiza.
No entanto, a disputa não será fácil. Nomes fortes oriundos de Arapiraca, como Lucas Barbosa — vereador mais votado em 2020 e filho do atual prefeito Luciano Barbosa — e Ricardo Nezinho, veterano com base sólida no Agreste, devem influenciar consideravelmente a corrida eleitoral também no Baixo São Francisco, especialmente se articularem alianças com lideranças locais. Ambos possuem estrutura partidária, visibilidade pública e histórico de campanhas vitoriosas.
Além disso, lideranças emergentes ou em ascensão oriundas de municípios como Palmeira dos Índios e Cacimbinhas, a exemplo de Júlio Cezar e Hugo Wanderley, também estão sendo cogitadas para disputar cadeiras na Assembleia. Esses nomes carregam influência regional que pode refletir diretamente nas urnas do Baixo São Francisco, principalmente em cidades sem candidatos naturais viáveis.
A consolidação do quadro eleitoral na região depende de fatores-chave que devem ser acompanhados nos próximos meses, como:
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Novas pesquisas de intenção de voto específicas para os municípios ribeirinhos;
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Formação de coligações com a participação de prefeitos e lideranças estaduais influentes;
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Decisões internas dos partidos sobre candidaturas e a transferência de apoios.
O panorama indica que o Baixo São Francisco poderá voltar a ter voz na Assembleia Legislativa, mas essa conquista dependerá da mobilização política regional e da capacidade dos candidatos locais em dialogar com o eleitorado diante de uma concorrência cada vez mais estruturada. A disputa por uma cadeira no parlamento estadual, em 2026, promete ser uma das mais competitivas dos últimos ciclos eleitorais no interior de Alagoas.