Por Anderson Braga
A população da cidade histórica de Penedo, no Baixo São Francisco, vive dias de revolta e indignação diante do serviço prestado pela empresa Águas do Sertão, responsável pelo abastecimento de água no município. Moradores denunciam a constante falta de água em diversos bairros, com destaque para a região central, onde o problema se repete com frequência alarmante e sem qualquer aviso prévio.
Nas redes sociais, os desabafos se multiplicam. Frases como “essa situação dessa empresa já passou dos limites” refletem a insatisfação generalizada da população. Os transtornos vão desde a impossibilidade de realizar tarefas básicas até problemas sanitários. Além disso, muitos penedenses relatam que as interrupções no fornecimento chegam a durar mais de um dia, agravando ainda mais a rotina de quem depende exclusivamente da água encanada para viver com dignidade.
“O mínimo que deveriam fazer era avisar com antecedência. A gente acorda e simplesmente não tem água. Como vamos nos preparar para isso?”, questiona uma moradora do centro da cidade.
A ausência de transparência e de um cronograma confiável de distribuição agrava o desgaste da relação entre empresa e consumidores. A falta de comunicação prévia fere o direito do cidadão à informação e impede que as famílias possam se organizar minimamente diante da escassez.
A responsabilidade pela fiscalização dos serviços prestados pela Águas do Sertão cabe à Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de Alagoas (ARSAL), que até o momento não se posicionou publicamente sobre as recorrentes falhas em Penedo. Moradores cobram uma atuação mais efetiva do órgão, exigindo medidas que garantam melhorias no abastecimento e o cumprimento dos contratos firmados.
Diante do cenário crítico, a população penedense pede respostas urgentes e ações concretas. O direito à água potável, essencial à vida e garantido pela Constituição, precisa ser respeitado.
