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Polícia Civil descobre “tribunal do crime” em Alagoas e prende três suspeitos de execuções

Por Anderson Braga

A Polícia Civil de Alagoas desarticulou um “tribunal do crime” responsável por execuções e ocultação de cadáver em municípios do interior do estado. Três suspeitos foram presos durante a operação, resultado de investigações conduzidas pela Delegacia de Homicídios da 6ª Região, sob a coordenação do delegado Flávio Dutra.

As apurações tiveram início após uma série de homicídios registrados em Campo Alegre no último mês. A partir da identificação de um veículo usado nas ações criminosas, a polícia chegou ao proprietário, um homem de 29 anos, que confessou participação nos assassinatos. Ele também entregou imagens que mostravam a execução de uma jovem.

A vítima foi identificada como Stefania Gabriel da Silva, 23 anos, desaparecida desde o início de agosto. Após a confissão, novas diligências foram realizadas com apoio do Grupamento de Operações Policiais Especiais (Gopes) de Teotônio Vilela. Duas mulheres, de 18 e 21 anos, também foram presas e admitiram envolvimento no crime, além de indicar o local onde o corpo havia sido ocultado. Stefania foi encontrada morta em um canavial na cidade de Roteiro.

Nos depoimentos, os suspeitos afirmaram que a jovem teria sido executada por supostamente repassar a localização de seu ex-companheiro, conhecido como “Quiterinho”, para policiais. O homem havia resistido à prisão no início de agosto, foi alvejado e morreu no hospital. Os envolvidos também alegaram que Stefania participava das ações do grupo, apontando residências de pessoas que seriam executadas.

As investigações apontam que a organização criminosa estava ligada ao tráfico de drogas e a homicídios em Teotônio Vilela, Campo Alegre e Palmeira dos Índios, além de possíveis conexões com crimes em outros municípios e até em estados vizinhos.

Segundo familiares, Stefania era usuária de drogas e havia desaparecido em 7 de agosto. Eles relataram que a última vez em que foi vista estava em companhia de “Quiterinho”, e que a família já buscava sua internação. O desaparecimento havia sido registrado em boletim de ocorrência.

A Polícia Civil destacou que a operação demonstra o compromisso da instituição em desarticular organizações criminosas e combater com rigor práticas violentas que afetam a segurança da população alagoana.

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