Por Anderson Braga
A Polícia Militar de Alagoas prendeu, na noite desta terça-feira (1º), um homem suspeito de cometer maus-tratos a animais no bairro Tabuleiro do Martins, parte alta da capital alagoana. O caso veio à tona após uma denúncia apontando o aparecimento recorrente de animais mortos em uma residência da região.
De acordo com informações do boletim de ocorrência, a guarnição Grifo 01, pertencente à 5ª Companhia de Polícia Militar Independente (5ª CPM/I), foi acionada para verificar a denúncia. Ao chegar ao local, os policiais ouviram o irmão do suspeito, que relatou ter acordado e flagrado o homem segurando um gato já sem vida pelo pescoço, enquanto realizava orações.
A mãe dos envolvidos também conversou com os militares e confirmou que era comum encontrar animais mortos na casa, incluindo pássaros decapitados, gatos e até tartarugas. O cenário causou comoção na vizinhança, que se reuniu em frente à residência durante o atendimento da ocorrência.
Moradores afirmaram aos policiais que também tiveram animais de estimação mortos em circunstâncias suspeitas, o que reforçou as denúncias contra o suspeito.
Questionado pelas autoridades, o homem negou as acusações e afirmou ser adepto de uma religião de matriz africana. Apesar da negativa, ele foi conduzido à Central de Flagrantes, onde acabou autuado por maus-tratos a cães e gatos, conforme previsto na legislação vigente.
O caso será investigado pela Polícia Civil, que deverá apurar se há envolvimento do suspeito em outros episódios similares na região. A Lei nº 9.605/98, que trata dos crimes ambientais, prevê pena de reclusão de dois a cinco anos para quem praticar atos de crueldade contra cães e gatos, além de multa.
Organizações de proteção animal e lideranças comunitárias cobram uma apuração rigorosa dos fatos e a responsabilização do acusado, ressaltando a importância da proteção à vida animal e o combate a qualquer forma de violência.
