
Um crime brutal chocou moradores do bairro Tabuleiro dos Martins, em Maceió, na manhã deste domingo (25), após mãe e filha serem encontradas mortas dentro da própria casa, vítimas de um ataque violento. Iara Vicente da Silva, de 28 anos, e sua filha Hillary Janiele Vicente da Silva, de apenas 1 ano e 11 meses, foram assassinadas com golpes de arma branca. O principal suspeito é o companheiro de Iara, que foi preso em flagrante horas após o crime.
De acordo com informações da Polícia Civil, o suspeito, que mantinha um relacionamento de cerca de quatro meses com a vítima, vivia com ela e a criança na residência onde os corpos foram encontrados. A casa estava trancada e não apresentava sinais de arrombamento, o que reforça a hipótese de que o autor tinha acesso direto ao imóvel.
Segundo o delegado Emanuel Rodrigues, responsável pela investigação, os corpos foram encontrados em cômodos diferentes: Hillary estava no sofá, com ferimento profundo no pescoço, e Iara foi localizada sobre a cama, com pelo menos oito perfurações na cabeça e no pescoço, além de cortes na mão direita, indicativos de tentativa de defesa.
A cena do crime foi marcada pela brutalidade. A perícia recolheu duas facas, uma tesoura e uma chave de fenda com vestígios de sangue. Também foram encontrados R$ 29 em espécie e a certidão de nascimento do suspeito, o que ajudou a polícia a identificá-lo rapidamente.
Após o crime, o homem fugiu do local levando seus pertences pessoais. Graças à ação rápida do 13º Batalhão da Polícia Militar, em conjunto com a Delegacia de Homicídios e informações repassadas pelo Ciosp (Centro Integrado de Operações da Segurança Pública), ele foi localizado e capturado na Grota do Pau D’Arco, ainda na manhã de domingo.
As investigações agora contam com imagens de câmeras de segurança da região, que estão sendo analisadas para traçar a rota de fuga do suspeito. A polícia também confirmou que ele já possuía antecedentes criminais por lesão corporal dolosa e ameaça — ambos casos de violência doméstica.
O homem segue sob custódia da Polícia Civil e está à disposição da Justiça. O caso reforça, mais uma vez, a urgência de políticas públicas eficazes de prevenção à violência doméstica e ao feminicídio, um problema que segue devastando famílias em todo o país.
Por Anderson Braga