Um fazendeiro de 76 anos foi preso, nessa terça-feira (28), na zona rural de Major Izidoro, Sertão de Alagoas, pelo crime de homicídio qualificado com uso de arma de fogo, ocorrido há 32 anos em Taquarana. Segundo a polícia, a motivação teria sido ciúmes do autor com relação à vítima e sua companheira.
Os agentes percorreram diversas cidades entre Alagoas e Bahia, em busca do foragido. Recentemente descobriram que ele havia residido em Jeremoabo, na Bahia, antes de retornar a Major Izidoro, onde adquiriu uma propriedade rural acreditando que não seria mais procurado pela polícia. No entanto, foi surpreendido na tarde de ontem e preso, sendo conduzido ao Centro Integrado de Segurança Pública (CISP) de Batalha, onde aguarda audiência de custódia.
Conforme a polícia, em 14 de novembro de 1992, o então comerciante, de 44 anos, matou Nilo José da Silva, de 52 anos, com disparos de arma de fogo, em um posto de combustíveis em Taquarana. Motivado por ciúmes das investidas da vítima em relação à sua companheira, o autor pediu emprestado um veículo Chevette amarelo, encontrou a vítima e a convenceu a entrar no carro. Após uma breve discussão no posto, ele atirou na vítima, conforme testemunhou um frentista à época.
Depois do homicídio, o autor fugiu, abandonando sua casa e comércio, onde comercializava carnes. O processo foi suspenso em 2009, mas o mandado de prisão permaneceu válido até 2040. Agora, o processo judicial deve seguir até o julgamento pelo júri popular na Comarca de Taquarana.
“Apesar do lapso temporal extenso, no caso, 32 anos depois, vivendo ele na condição de foragido da Justiça alagoana, já que, desde a prática do homicídio, teria abandonado seu ponto comercial em Arapiraca, atrelado à comercialização de carnes, vindo a empreender ação de fuga para outras cidades, até se estabelecer no Estado da Bahia, constatou-se em aberto e válido, mandado de prisão, emitido pela Comarca de Taquarana, que requereu o apoio do NIESP, para localização desse alvo. O trabalho investigativo foi mais um desafio lançado frente ao Núcleo, tanto pelo tempo, como pelas dificuldades apresentadas no desenrolar dos trabalhos; contudo com o empenho de todos os envolvidos, conseguimos lograr êxito na captura desse foragido, que, atualmente, aposentado e dono de uma propriedade rural (fazenda), naquele município, vivia como se nada tivesse acontecido no seu passado”, disse o delegado Sidney Tenório, coordenador do Núcleo de Investigação Especial da Delegacia Geral de Polícia Civil (DGPC).
Por Tatianne Brandão
