
A política, para mim, nunca foi sobre vaidade ou poder. Sempre me vi como um simples soldado, daqueles que caminham no chão da realidade, ouvindo, sentindo e lutando pelos que acreditam na mudança. Um soldado não busca holofotes, busca aliados. Um soldado não comanda, ele fortalece quem tem a missão de representar o povo com dignidade.
A política, sim, é um jogo, mas um jogo de sobrevivência. E nesse jogo, ou a gente se une ou a gente cai. Quando um representante é eleito pela sua gente, ele carrega nas mãos o futuro de todos. E é por isso que, como soldado, preciso escolher o lado que acredita nesse futuro.
Não tenho a ilusão de ser o maior. Se eu tivesse tantos aliados quanto alguns pensam, eu não estaria nos bastidores, e sim disputando uma cadeira no legislativo ou no executivo. Mas essa não é a minha missão agora. Meu papel é outro: somar forças, escolher caminhos, buscar aquilo que pode ser melhor para todos.
Escolher um lado político não me torna inimiga de ninguém. É possível admirar, respeitar e até amar pessoas que pensam diferente. O problema é que vivemos numa geração que não sabe mais separar o joio do trigo. Que mistura a vida pública com a pessoal. Que confunde opinião com ofensa. Tem gente que não pensa …reage. Que não entende que o ser humano vai muito além da política.
E aí vc pode me perguntar: “Pq vc está escrevendo isso?”
E eu te respondo:
Pq estou numa fase da minha vida em que não quero mais guerra com ninguém. Cansei de me desgastar por quem não se importa. Quero caminhar com os verdadeiros, com quem soma, com quem entende o valor da lealdade e da paz.
Deixo para trás o que não me representa mais. Agradeço, sim. A gratidão será eterna. Mas favor se paga com favor. Não existe dívida para a vida toda. Ciclos se encerram. Caminhos mudam. E cada decisão que eu tomar de agora em diante, não será explicada. Será vivida.
O meu silêncio será a minha resposta.
E a minha escolha, o meu grito de liberdade.
Simone Idalino